III Festa da Consciência Negra/ Água Fria - Serra do Ramalho BA

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Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos .São dotados de razão e conciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

ÁGUA FRIA/ SERRA DO RAMALHO

ÁGUA FRIA/ SERRA DO RAMALHO
aluno da Escola de Nossa Senhora de Fátima, àgua Fria em Serra do Ramalho Bahia

SEJAM BEM VINDOS!!!!!!!

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ESTA É A VISTA DA ÁGUA FRIA

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RIO SÃO FRANCISCO, NA INTIMIDADE: VELHO CHICO!

disfile gincana estudantil

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QUE SALTO!

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GAROTAS DE ÁGUA FRIA

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opa!

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E a cana !!!

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alunos da escola

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Escola

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Tarefa realizada

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Alunos da escola Nossa Senhora de Fátima

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PROFESSORA DELMAIR

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PASSEIO

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CAMINHADA ECOLÓGICA

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ESCOLA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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Eis aqui um povo feliz!

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Os alunos do sexto ano.

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Aline

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Bruno

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alunos do sétimo ano em aula de matemática

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Dia das Mães em àgua Fria!

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Professora Delmair: Queremos agua potável em Água Fria!

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Educar é um ato de amor!!!

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Professora Ana na luta pela uma água potável para a comunidade

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Professora Luciana, no passeio ecológico

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Professor Samuel

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LUIZ ROCHA e mangueira centenária

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passeio ecológico

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ás márgens do Velho Chico

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As gatinhas de Agua Fria

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Professor pesqusador

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SALTO MORTAL!

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EM ÁGUA FRIA NO RIO SÃO FRANCISCO

sábado, 5 de junho de 2010

BAHIA

BAHIA

Chamada "a boa terra", a Bahia foi o berço da nação brasileira, pois ali, em Porto Seguro, hoje baía Cabrália, aportaram os portugueses da frota de Cabral, em 22 de abril de 1500. E a cidade de Salvador foi a primeira capital do Brasil.
O estado da Bahia, na região Nordeste, onde ocupa uma área de 567.295km2, se abre para o oceano Atlântico numa extensão de 932km. Limita-se a nordeste por Sergipe e Alagoas, ao norte por Pernambuco e Piauí, a oeste por Goiás e Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Espírito Santo. A capital é Salvador.


GEOGRAFIA FÍSICA


Geologia e relevo .


Aproximadamente setenta por cento do território estadual se encontram entre 300 e 900m e 23% abaixo de 300m. O quadro morfológico compreende três unidades: a baixada litorânea, o rebordo do planalto e o planalto.
Constitui a baixada litorânea o conjunto de terras situadas abaixo de 200m de altitude. Erguem-se aí, dominando as praias e os areais da fímbria litorânea, terrenos de feição tabular, os chamados tabuleiros areníticos. Para o interior, esses terrenos cedem lugar a uma faixa de colinas e morros argilosos, de solo espesso, relativamente fértil, sobretudo no Recôncavo, onde se encontra o famoso massapê baiano. Tanto a faixa das colinas e morros como a dos tabuleiros são cortadas transversalmente pelos rios que descem do planalto; ao longo deles estendem-se amplas planícies aluviais (várzeas) sujeitas a inundações que lhes renovam periodicamente os solos com a deposição de novos aluviões.
O rebordo do planalto ergue-se imediatamente a oeste dos morros e colinas, formando uma faixa de terrenos muito acidentados, por meio da qual se ascende da baixada ao planalto. Ao norte de Salvador, o rebordo do planalto desaparece, pois a transição entre planalto e baixada se faz suavemente.
O planalto ocupa a maior parte do estado e está dividido em cinco compartimentos bem individualizados: planalto sul-baiano, Espinhaço, depressão são-franciscana, planalto ocidental e pediplano.
O planalto sul-baiano, talhado em rochas cristalinas antigas, situa-se no sudeste do estado. Sua superfície, com 800 a 900m de altitude média, apresenta-se suavemente ondulada, com amplos vales de fundo chato. Entretanto, os rios de Contas e Paraguaçu abriram em seu seio profundos vales, dividindo-o em três seções: o planalto de Conquista, no sul; o de Itiruçu, no centro; e o de Cruz das Almas, no norte.
O Espinhaço consiste em uma faixa de terrenos elevados (1.300m de média e 1.850m no pico das Almas, seu ponto culminante) que corta o estado de norte a sul pelo centro. Sua superfície ora se apresenta como alinhamentos montanhosos (cristas quartzíferas), ora como elevações tabulares ou cuestas. Estas últimas predominam na porção oriental e setentrional, formando um amplo conjunto de formas suaves denominado chapada Diamantina.
A depressão são-franciscana estende-se a oeste do Espinhaço, com disposição semelhante, isto é, formando faixa de sentido norte-sul. Constituem-na terras de reduzida altitude (400m em média) e relativamente planas, que com suave inclinação caem para o rio São Francisco. Ao longo dos vales de alguns afluentes do curso médio desse rio, especialmente os rios Corrente e Grande, a depressão lança para oeste prolongamentos em forma de dedos. No fundo da depressão fica a planície aluvial do São Francisco, periodicamente inundada por suas cheias.
O planalto ocidental, constituído de rochas sedimentares, ergue-se a oeste da depressão são-franciscana, com uma altura aproximada de 850m. Seu topo regular imprime-lhe feição tabular e o caráter de extenso chapadão, a que se aplica o nome genérico de Espigão Mestre. .
O pediplano compreende toda a porção nordeste do planalto baiano. Aí se desenvolvem amplas superfícies que se inclinam suavemente para o litoral, a leste, e para a calha do São Francisco, ao norte, com altitudes entre 200 e 500m. Esses terrenos exibem o modelado típico de clima semi-árido, observado em todo o sertão da região Nordeste: grandes planuras nas quais despontam, aqui e ali, picos e maciços isolados (inselbergs). Formam o subsolo dessa região rochas cristalinas antigas, com exceção de uma faixa de formações sedimentares, que do Recôncavo se projeta para o norte, dando lugar a uma série de chapadas areníticas também denominadas tabuleiros.


Clima.


Três tipos climáticos se observam na Bahia: o clima quente e úmido sem estação seca, o clima quente e úmido com estação seca de inverno e o clima semi-árido quente, identificados no sistema de Köppen pelos símbolos Af, Aw e BSh, respectivamente. O primeiro domina ao longo do litoral, com temperaturas médias anuais de cerca de 23o C e totais pluviométricos superiores a 1.500mm. O segundo caracteriza todo o interior, com exceção da parte setentrional e do vale do São Francisco. Apresenta temperaturas médias anuais que variam entre 18o C nas áreas mais elevadas e 22o C nas áreas mais baixas, e totais pluviométricos equivalentes a mil milímetros. O terceiro tipo climático é encontrado no norte do estado e no vale do São Francisco. As temperaturas médias anuais superam 24o e mesmo 26o C, mas a pluviosidade é inferior a 700mm.


Vegetação.


Perto de 64% do território baiano é revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por florestas e dois por cento por campos. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de terra cuja largura varia entre cem quilômetros (no Recôncavo) e 250km (no vale do rio Pardo). No lado oriental apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado ocidental como decíduas agrestes. A principal área de ocorrência de cerrados é o planalto ocidental. Outras manchas, pequenas, surgem em meio às áreas de caatinga. Os campos aparecem também no planalto ocidental, formando uma estreita mancha disposta no sentido norte-sul. As caatingas revestem todo o resto do estado, isto é, a maior parte de seu interior. Todos esses tipos de vegetação encontram-se hoje bastante modificados por interferência do homem.


Hidrografia.


Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro é integrado pelo São Francisco e seus afluentes. Entre esses últimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no planalto ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). O segundo grupo compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris). Os dois grupos incluem, na região semi-árida, rios de regime intermitente.


POPULAÇÃO


A população da Bahia apresenta fortes contingentes de negros e mulatos, concentrados no Recôncavo, além de numerosos caboclos, que predominam no planalto. A distribuição populacional apresenta grandes contrastes regionais. No Recôncavo e na região cacaueira registram-se densidades superiores a cem habitantes por quilômetro quadrado. Já em amplas áreas do interior, o povoamento se torna escasso, caindo esses índices para cerca de 15hab./km2 (chapadões, chapada Diamantina e sertão semi-árido).
Além das funções de capital político-administrativa, de porto e de centro industrial, a cidade de Salvador desempenha o papel de metrópole regional para uma vasta área, que compreende quase todo o território baiano e ainda todo o estado de Sergipe e o extremo sul do Piauí. Do território estadual escapam à influência econômica de Salvador apenas pequenas áreas situadas nos extremos norte e sul, que são vinculadas a Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entretanto, sob sua ação direta se encontra apenas o Recôncavo.
As cidades principais do estado agem como outros tantos pólos econômicos, sobretudo no sertão. São elas: Feira de Santana, na periferia do Recôncavo; Itabuna e Ilhéus, na região cacaueira; Jequié e Vitória da Conquista, no planalto; e Juazeiro, à margem direita do São Francisco. Outras cidades importantes são Alagoinhas, Paulo Afonso, Itamaraju, Camaçari, Bom Jesus da Lapa, Jacobina e Valença.


ECONOMIA


Agricultura e pecuária.


O principal produto agrícola da Bahia é o cacau, cultivado sobretudo para exportação. Sua área de cultura por excelência são as colinas e morros da região litorânea ao sul do Recôncavo, principalmente nos municípios de Ilhéus e Itabuna.
A mandioca apresenta, ao contrário, uma distribuição geográfica dispersa, que, de certa forma, reproduz a distribuição da população do estado. Produto básico da alimentação baiana e cultura pouco exigente quanto às condições ecológicas, é natural que acompanhe o homem onde quer que ele se instale. A área de maior concentração da produção é o Recôncavo, onde a mandioca, cultivada nos solos pobres sobre as formações areníticas, assume o caráter de lavoura comercial. No interior aparece geralmente como cultura de subsistência.
O terceiro produto do estado, o feijão, é cultura geograficamente dispersa, com características de pequena lavoura comercial de subsistência. A cana-de-açúcar vem em quarto lugar quanto ao valor de produção. Grande lavoura comercial ligada à agroindústria (usinas de açúcar), domina os ricos solos de massapê do Recôncavo. Surge também no interior do estado integrada na pequena lavoura comercial, para a produção de aguardente e rapadura ou como simples cultura de subsistência. Seguem-se em ordem decrescente, por valor de produção, mamão, banana, mamona, café, algodão e laranja.
A criação de gado de corte se faz em todas as regiões do estado, mas observa-se um certo grau de especialização regional: de um lado, áreas de caatinga, voltadas para a reprodução dos rebanhos, e de outro, áreas de florestas do rebordo oriental do planalto, reservadas para a engorda dos animais provenientes das primeiras. A pecuária leiteira assume grande vulto na região de Itapetinga, e a produção estadual de leite é considerável. Áreas antes áridas, como Iaçu e Itaberaba, foram convertidas à pecuária graças à introdução de capins africanos.



Indústria de transformação.


As atividades industriais da Bahia, de pouca expressão no passado, desenvolveram-se bastante. Estado de tradicional estrutura agrária, a Bahia ocupa hoje no setor secundário considerável parcela de sua população ativa. Persistem, no entanto, numerosas indústrias de pequeno porte, de caráter artesanal, como as que produzem artigos de consumo sertanejo (rapadura, aguardente, farinha de mandioca). Entre as de maior porte destacam-se a indústria química (inclusive refinação de petróleo), de produtos alimentares (especialmente usinas de açúcar), têxtil e de fumo. Concentra-se em torno de Salvador o grosso da produção, sobretudo no Centro Industrial de Aratu, localizado na própria região metropolitana, e no Pólo Petroquímico de Camaçari, um dos mais modernos do mundo. Além de Aratu e Camaçari, a Bahia conta ainda com o Centro Industrial de Ilhéus.


Indústria extrativa.


Os recursos naturais de origem mineral são variados, embora apenas alguns ofereçam possibilidades efetivas de exploração comercial, como o petróleo e o gás natural, recursos de que a Bahia é o segundo produtor nacional. A área de exploração é o Recôncavo baiano, onde perfuram-se poços tanto na terra como no mar. Parte da produção é processada localmente, na refinaria Landulfo Alves.
Outras riquezas do subsolo são objeto de pesquisa e exploração: amianto, barita, berilo, columbita, cristal de rocha, magnesita, mica, chumbo, mármore, cromo, manganês, talco, diamante, titânio, urânio, vanádio e cobre (reserva de Caraíba). A mina de ouro de Morro do Vento, em Jacobina, começou a operar em 1983.


Energia.


A cachoeira de Paulo Afonso, na divisa com Alagoas (descarga média: 5.000m3/seg.), alimenta as quatro usinas da CHESF (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), Paulo Afonso I, II, III e IV. Com um potencial combinado de 3.501.800kW, exportam energia para todo o Nordeste.
A hidrelétrica de Pedra do Cavalo (1983), a montante das cidades geminadas de São Félix e Cachoeira, e a 110km da capital, foi construída com recursos do Plano de Valorização dos Recursos Hídricos do Rio Paraguaçu. Além de gerar energia, garante: água potável para Salvador e Feira de Santana; água bruta para os complexos industriais, inclusive Aratu e Camaçari; fim das enchentes periódicas das cidades ribeirinhas; e solução para o problema do assoreamento -- o rio tornou-se, outra vez, navegável. A barragem (143m) é uma das mais altas da América do Sul.
A hidrelétrica de Itaparica, situada na divisa com Pernambuco, a cerca de cinqüenta quilômetros do complexo de Paulo Afonso, começou a operar em 1988. Sua potência final será de 2.500 megawatts; na década de 1990 estava em construção a usina de Xingó, também no São Francisco, que disporia de uma capacidade de três mil megawatts.


Transporte.


A rede ferroviária é constituída por três grandes ramos que partem de Salvador para nordeste, na direção de Sergipe; para noroeste, na direção do Piauí; e para sudoeste, na direção de Minas Gerais. Com exceção dos trechos que cortam o Recôncavo e a zona da Mata sergipana, as linhas servem a áreas de baixa densidade demográfica e fraca atividade econômica.
A principal rodovia pavimentada do estado é a Rio-Bahia (BR-116), que corta o interior de sul para norte, passando por Vitória da Conquista, Jequié e Feira de Santana. Nessa cidade, a Rio-Bahia é interceptada por outra importante estrada pavimentada, que parte de Salvador em direção a Juazeiro-Petrolina. De Salvador para nordeste estende-se a BR-101, também pavimentada, que alcança Natal em sua extremidade setentrional, depois de passar por Aracaju, Maceió e João Pessoa.
O estado possui quatro portos: Aratu, Camamu, Ilhéus e Salvador. Em Madre de Deus, município de Salvador, funciona o terminal marítimo Almirante Alves Câmara, da Petrobrás, por onde se exportam petróleo bruto e produtos da refinaria Landulfo Alves.


História


É possível que a nau mensageira enviada por Pedro Álvares Cabral para dar conta ao rei D. Manuel I das novas terras descobertas tenha percorrido a costa da Bahia para o norte, a partir de Porto Seguro, antes de se lançar à travessia do Atlântico. Os primeiros registros da região de Salvador, no entanto, foram feitos pela expedição de 1501, enviada por D. Manuel para explorar a então chamada ilha de Santa Cruz. Américo Vespúcio, que participava da expedição, foi o primeiro a falar da baía a que chamaram "de Todos os Santos", por ter sido encontrada em 1o de novembro, dia de Todos os Santos.
O nome "Bahia" iria estender-se ao território que se constituiu com as terras das capitanias doadas a Francisco Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antônio de Ataíde e D. Álvaro da Costa.


Governo-geral e expansão.


A partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais, existiram distinções muito nítidas entre Salvador -- e seu recôncavo -- e o interior mais distante. Apesar das excelências do fundeadouro descoberto em 1501, os portugueses abandonaram-no nas duas primeiras décadas de existência da colônia, dando margem a que franceses ali negociassem com os indígenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa de Pero Lopes de Sousa, cuja viagem é de 1530, ao encontrar na Bahia o lendário Caramuru, que desde 1510 ou 1511, quando naufragara, vivia entre os selvagens.
O Brasil, até então praticamente improdutivo, reclamava uma forma eficiente de governo, o que Portugal tentou fazer através da implantação do sistema de capitanias, cedo malogrado. Para substituí-lo, deliberou D. João III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, embora situada a distâncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, oferecia boas condições para daí se dar "favor e ajuda às outras capitanias e se ministrar justiça, prover às cousas da real fazenda e ao bem das partes". Para cumprir essa política, foi nomeado Tomé de Sousa, que, de acordo com o regimento de 17 de dezembro de 1548, deveria edificar "uma fortaleza e povoação grande e forte num lugar conveniente".
Após a primeira e segunda guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse de Matuim e Passé. Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia, mas também com as guerras contra os índios amoipiras, acroás e paiaias. Além disso, as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Francisco e do Monte Carmelo muito contribuíram para as atividades civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estímulo para o povoamento consistiu no descobrimento de ouro na serra de Jacobina.
No século XVIII, quando da divisão da Bahia em quatro comarcas, as duas do sertão já possuíam 77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do território, e correspondendo, por outro, à orientação de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de produção: (1) o Recôncavo, para a cana-de-açúcar; (2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de mandioca; (3) tabuleiros ou areais, para fumo e mandioca; (4) o sertão, para o gado. A principal característica da economia foi estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia colocadas como fornecedoras de matérias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam à Europa.
Implantada sob os condicionamentos da economia mercantil, a economia de exportação teve como base o trabalho escravo. Desenvolveu-se, porém, de forma variada e complexa, com um elenco mais extenso e mais expressivo de artigos e produtos, como pau-brasil, açúcar, algodão, fumo, ouro, madeiras, couro cru, cachaça e farinha.


Invasões holandesas


Graves acontecimentos interromperam a maré de prosperidade reinante na Bahia em começos do século XVII. Não somente como decorrência da união das coroas de Portugal e Espanha, mas também graças à cobiça despertada pela riqueza do açúcar, resolvera a Holanda, em 1623, assaltar a Bahia. Em maio do ano seguinte aí aportava a esquadra comandada por Jacob Willekens, tendo sob suas ordens 26 navios e 500 bocas de fogo. Os invasores ocuparam facilmente a cidade, nela permanecendo por um ano, até serem rechaçados pela armada luso-espanhola, comandada por D. Fradique de Toledo Osório. Inconformados com a perda da metrópole, a ela retornaram os holandeses em 1638, quando já fortemente estabelecidos em Pernambuco, tomado em 1630. Comandou o assalto o conde de Nassau, que, havendo iniciado o assédio em 16 de abril, retirou-se, batido, em 29 de maio. Comandou a defesa o conde de Bagnuolo. Passada, porém, a tormenta dessas invasões, que comprometeram gravemente a produção local, a Bahia retomou o progresso anterior.


Independência


Em fins do século XVIII atuavam em Salvador 164 comerciantes exportadores e importadores. Todo o comércio destinava-se à Europa, à África e ao Rio Grande do Sul e portos do Prata. Entretanto, na estrutura política, social e econômica que então se definira, ocorreram vários conflitos entre os nascidos e residentes na capitania e as autoridades que exerciam o governo em nome do rei de Portugal. Nos exemplos do chamado motim do Maneta (outubro de 1711) e do levante do Terço Velho (maio de 1728), os insurretos deixaram de localizar na condição de colônia a causa principal das dificuldades e problemas da Bahia; no exemplo da sedição intentada em 1798, denominada conjuração baiana ou dos alfaiates, já aparece a condição de colônia como a causa maior do monopólio de comércio, do preço fixo para o açúcar, fumo, algodão e sola, da cobrança extorsiva dos impostos, do soldo ínfimo dos militares, e já se exigia um regime político capaz de garantir a igualdade de direitos para todos, sem distinção de cor ou origem social.
Ainda depois da transferência da sede do império colonial português para o Rio de Janeiro, Salvador continuou a destacar-se como centro político de influência, onde grupos de patriotas, militares e civis acabariam por dar início à luta para separar o Brasil da metrópole. Esses grupos estiveram comprometidos nos acontecimentos de 1817 em Pernambuco, e em fevereiro de 1821 promoveram a adesão da Bahia ao movimento constitucionalista, que aboliu a monarquia absoluta em Portugal. Contudo, como os liberais-constitucionalistas de Lisboa adotassem orientação nitidamente contrária aos interesses do Brasil, por último concordando com a ocupação militar de Salvador pelos soldados e marinheiros portugueses (fevereiro de 1822), a luta pela independência evoluiu na Bahia para uma guerra lenta e dolorosa.
O conflito começou com o "25 de junho" em Cachoeira, em 1822, e, daí por diante, até o dia libertador de 2 de julho de 1823, acumulou episódios heróicos, dentre os quais sobressai o combate de Pirajá, em 8 de novembro de 1822. Chega-se ao ano de 1823 com repetidos e novos combates na baía de Todos os Santos e nas cercanias de Salvador. Superada rapidamente a divergência entre o militar francês Pedro Labatut e os militares brasileiros no comando do Exército, o coronel José Joaquim de Lima e Silva, visconde de Majé, ordenou em 3 de junho a ampla ofensiva que terminou forçando a retirada das tropas portuguesas. A 2 de julho, a Bahia festejava a vitória brasileira. Ao iniciar-se a luta na província, a baiana Maria Quitéria formou uma companhia feminina, que combateu durante toda a guerra.


Império


Estava o Brasil separado de Portugal. O apoio da Bahia à exigência nacional de união de todas as províncias em um único país, não impediu que ocorressem no estado os movimentos federalistas de 1832 e 1833, ligados ao nome do capitão Bernardo Miguel Guanais Mineiro, e o de 1837, mais conhecido como Sabinada, do nome de seu chefe, o médico e jornalista Sabino Vieira. Em sua feição militar, a Sabinada sustentou-se quatro meses, estendendo-se ao sertão (Feira de Santana e Vila da Barra), com alguns combates de grande violência. São ainda aspectos da instabilidade das estruturas sócio-políticas, nessa época, os diversos levantes de escravos (o mais sério foi o dos malês, em 1835), a circulação de moedas falsas, e as lutas de família, das quais são exemplos as que ensangüentaram o São Francisco, entre as famílias Guerreiro e Militão.
Em 1843, foram descobertas as regiões diamantíferas da serra do Açuruá. Sucessivos planos repetiram a exigência de meios de comunicação eficientes para o Recôncavo e o sertão. Inaugurada precariamente em 1819, a navegação a vapor desdobrou suas linhas para as cidades fluviais (Santo Amaro, Cachoeira, Nazaré) e as marítimas da costa sul (Camamu, Ilhéus).
Em 1853, o governo assinou o primeiro contrato para a construção da estrada de ferro Bahia-São Francisco, que formou, com a Alagoinhas-Itabaiana, a Central, a Santo Amaro-Bom Jardim e a Nazaré-Santo Antônio, a rede ferroviária da Bahia no século XIX. Existindo, igualmente, preocupação com a melhoria da lavoura de cana e a produção de açúcar, alguns plantadores introduziram novas qualidades de cana e alguns engenhos adotaram máquinas a vapor. Serve de exemplo o grande engenho que Francisco Gonçalves Martins fez montar em 1859.
Já em 1841, fundara-se na Bahia uma companhia para introdução de fábricas úteis. Com a abolição do tráfico de escravos e a subseqüente decadência do comércio com a África, muitos comerciantes associaram seus capitais à fundação de bancos, caixas de crédito e companhias de seguro. Operavam também o banco inglês London & Brazilian Bank e as companhias de seguro Fire Insurance, Interesse Público, Aliança e Imperial. Ademais, eram várias as casas comerciais de ingleses, franceses e alemães, algumas individuais, outras filiais de organizações com sede em Londres, Paris e Hamburgo.
Acompanhando esse crescimento das atividades econômicas, as administrações procuraram de um modo geral ampliar as oportunidades de escolaridade e sistematizar o ensino e a educação. Não obstante, as crises do preço do açúcar no mercado externo, a concorrência que os diamantes da África do Sul passaram a fazer nas Lavras, as dificuldades para a adaptação do trabalho livre numa economia havia séculos baseada no trabalho escravo, as péssimas condições de saúde e de higiene nos centros de maior concentração urbana e as deficiências de recursos financeiros conduziram a província à vexatória situação que se delineou na grande crise de 1873. Os preços do açúcar não compensavam a matéria-prima consumida; paralisavam-se as transações comerciais. Era evidente a decadência econômica e financeira. Entretanto, foi em relativa tranqüilidade política que a Bahia participou do movimento abolicionista (1888) e da proclamação da república (1889).


República


A república foi proclamada na Bahia pelo coronel Frederico Cristiano Buys, na tarde de 16 de novembro de 1889. Governava a província o conselheiro José Luís de Almeida Couto, sendo seu comandante de armas o velho marechal Hermes Ernesto da Fonseca, cujas convicções monarquistas eram conhecidas. Logo às primeiras notícias provenientes da corte, na manhã do dia 15, diversos políticos monarquistas, liberais e conservadores, adotaram a idéia de erguer a resistência armada ao novo regime. Adiantando-se às iniciativas, o coronel Buys, oficial de grande prestígio, convocou para o forte de São Pedro o chefe republicano Virgílio Clímaco Damásio, e, com ele e outros, proclamou a república, às seis horas da tarde de 16. Quando assim procediam, aderiu o marechal Hermes, comunicando à oficialidade e à tropa sua decisão, já que o imperador e a princesa Isabel haviam abandonado o país, viajando para a Europa.
Por telegrama, o conselheiro Rui Barbosa, ministro da Fazenda do governo provisório, comunicara a indicação de Manuel Vitorino Pereira, professor da faculdade de medicina e político liberal de tendência federalista, para o posto de governador do estado. Opinava o coronel Buys pela nomeação de Damásio, o mais antigo e coerente chefe republicano. Mas um novo telegrama, este do presidente marechal Deodoro, punha fim à questão, mandando empossar e reconhecer no governo do estado o professor Manuel Vitorino. Em poucos dias--de 17 a 23 de novembro--o primeiro governo republicano na Bahia oscilara das mãos de Virgílio Damásio para as de Manuel Vitorino. Ou seja: de uma liderança radical para uma moderadora. Inconformados com essa ascensão dos antigos liberais, alguns remanescentes do Partido Conservador participaram dos episódios que conduziram à renúncia o governador Manuel Vitorino (abril de 1890) e à indicação do marechal Hermes da Fonseca para governar a Bahia.
Seguiram-se a elaboração da primeira constituição do estado, a escolha, depois, em eleição indireta, de José Gonçalves da Silva, sua deposição no decurso da crise política de novembro de 1891, e a nomeação do contra-almirante Leal Ferreira. É uma fase confusa, apesar de ser possível acompanhar a lenta assimilação dos políticos monárquicos ao novo regime, alguns deles passando até a ocupar postos na administração do estado. O primeiro governador eleito pelo sufrágio direto foi o médico Joaquim Manuel Rodrigues Lima (1892-1896). Na administração de seu sucessor, o conselheiro Luís Viana (1896-1900), ocorreu o episódio sangrento de Canudos, conflito de graves proporções, que revelou ao Brasil do litoral a dolorosa situação de pobreza e atraso cultural do sertão.
Do final do século XIX ao início do XX, a economia de exportação ganhara novo avanço. Expandindo-se sempre, a lavoura do cacau passou a representar 20% do orçamento do estado, além de crescer no movimento geral das exportações do país como produtora de divisas. Isso permitiu uma série de iniciativas de industrialização. Em 1904 estavam registradas 141 fábricas e manufaturas, das quais 12 de fiação e tecelagem, três de calçados, 12 de charutos, quatro de cerveja, duas de chocolate e cinco fundições de ferro. Com os recursos obtidos, as administrações de Severino Vieira (1900-1904) e José Marcelino de Sousa (1904-1908) melhoraram a navegação fluvial e marítima, as estradas de ferro e de rodagem.
João Ferreira de Araújo Pinho (1908-1911) procurou seguir a mesma orientação, mas não chegou a concluir seu período de governo, vendo-se compelido a renunciar ao mandato, em clima de incompreensão e mesquinha luta política. Havendo a maioria da câmara estadual, sob o comando de José Joaquim Seabra, então ministro da Viação no quatriênio presidencial de Hermes da Fonseca, recusado seu substituto legal (Aurélio Viana), sucederam-se dois atos de desafio ao poder federal: a ocupação do prédio da câmara estadual e o decreto que transferia para Jequié a capital do estado. O governo federal respondeu com a ação militar, que culminou com o bombardeio de Salvador, a 10 de janeiro de 1912.
Dessa data até 1916 o governo foi exercido por Seabra, que urbanizou a cidade de Salvador, mantendo o mesmo estilo de divergência política de seu antecessor, sempre pessoal e de confrontos entre grupos oligárquicos. A administração seguinte, de Antônio Muniz de Aragão (1916-1920) foi marcada pela revolta sertaneja. Democrata, duramente combatido pelos anti-seabristas, ainda assim Muniz de Aragão pôde dar seguimento ao programa administrativo inaugurado no governo de seu antecessor.
Seabra tentou eleger-se para um segundo período no governo, em 1920, encontrando forte oposição de políticos ligados a Rui Barbosa. É quando irrompe o que se chamou na época "guerra do sertão contra a capital", uma revolta simulada em telegramas e manchetes de jornal, mas que demonstrou o enorme poder de alguns coronéis latifundiários, homens que chegaram a comandar centenas de jagunços fortemente armados. Em fevereiro de 1920, o governo de Epitácio Pessoa decretou a intervenção no estado, efetivada pelo general Cardoso de Aguiar.
Na época, o grande comércio exportador-importador da Bahia, ligado à lavoura da cana-de-açúcar, do café, do fumo e do cacau, contava apenas com empresas estrangeiras e algumas nacionais mais ou menos subsidiadas. No curso da primeira guerra mundial, o café e o fumo sofreram as restrições motivadas pela interrupção do comércio com a Alemanha. As empresas alemãs ou de capitais associados a alemães deram lugar a outras de capitais ingleses e americanos. Isso, contudo, não alterou o mecanismo vigente desde os fins do século XIX: a lavoura produzindo em regime de consignação, com as safras previamente vendidas aos exportadores.
Dessa forma, a crise mundial de 1929 atingiu a Bahia rudemente. A exportação do cacau desceu de 70.000 toneladas para 63.000; a do fumo, de 26.500 para 26.200; e a do café, de 25.000 para 19.000. No pequeno parque industrial, destacavam-se nove fábricas têxteis--São Salvador, Modelo, Conceição, Nossa Senhora da Penha, São Carlos Queimados, Nossa Senhora do Amparo, São Brás e Bonfim--que totalizavam cerca de 700 teares e 1.600 operários. Fazia paralelo com a indústria têxtil e açucareira, representada por 16 usinas. Grandes áreas de terras se encontravam ocupadas com a criação de gado bovino, caprino e ovino. Uma regular produção de peles era exportada para os Estados Unidos.


Revolução de 1930 e modernização do estado


Nas eleições de 1930, a Bahia deu o candidato a vice-presidente da república na chapa oficial, o ex-governador Vital Soares, mas já em 1929 se conspirava no estado, durante a campanha da Aliança Liberal. Em passagem por Salvador, em abril de 1929, Juarez Távora deixara instruções sobre o movimento que rebentou em outubro do ano seguinte. É inconteste que a Bahia opôs resistência à revolução de 1930, daí ter havido uma espécie de ocupação militar nos dois primeiros anos da década.
A partir da interventoria do tenente, depois capitão, Juraci Magalhães (1931-1935), modificou-se a situação, de modo que sua eleição constitucional realmente correspondeu a um novo quadro político. Juraci Magalhães deu apoio e incentivo às lavouras do cacau e do fumo, à indústria e à pecuária, definindo algumas das perspectivas de planejamento que voltariam ampliadas nas décadas de 1950 e 1960. No entanto, em 10 de novembro de 1937 Getúlio Vargas implantou o Estado Novo. Rejeitando o golpe, Juraci Magalhães preferiu renunciar ao governo no mesmo dia e retornar ao quartel.
Finda a segunda guerra mundial e voltando o Brasil às instituições políticas constitucionais, o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN), coligados, elegeram como governador o liberal Otávio Mangabeira, ex-ministro do Exterior do governo Washington Luís. Mangabeira retomou a Bahia de onde a tinham deixado antes do Estado Novo e instaurou um programa de reformas. No entanto, a modernização só começa realmente a partir da década de 1950, quando o governo estadual impulsiona o planejamento econômico, e seus marcos foram a refinaria Landulfo Alves, a usina hidrelétrica de Paulo Afonso e a rodovia Rio-Bahia. De várias campanhas saíram aumentos dos royalties da Petrobrás e incentivos fiscais para a indústria.


Industrialização


Na década de 1960 o crescimento econômico baiano se acelerou com a criação do centro industrial de Aratu (cimento, metalúrgicas) e com a promoção da agricultura na bacia do São Francisco, que na década seguinte passou a ser fomentada pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).
O posterior desenvolvimento industrial da Bahia centrou-se no pólo petroquímico de Camaçari, inaugurado em 1978. Na mesma época, o turismo também ganhava força como fonte de riqueza. Na década de 1990, a lavoura cacaueira do sul baiano, outro esteio econômico do estado, foi prejudicada pela crise provocada pela disseminação da vassoura-de-bruxa, praga que provocou queda substancial na produção e muito desemprego. Em 1997 deu-se a privatização da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).


CULTURA


Entidades culturais


Dentre as numerosas instituições culturais existentes no estado destacam-se a Academia de Letras da Bahia, o Gabinete Português de Leitura, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, a Associação Baiana de Medicina, a Associação Baiana de Imprensa, as secções baianas da Associação Brasileira de Escritores e da Ordem dos Advogados.
Entre as bibliotecas existentes na capital destacam-se as da Universidade Federal da Bahia, a Biblioteca Pública do Estado, a do Mosteiro de São Bento, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, a Biblioteca Teixeira de Freitas, do Departamento Estadual de Estatística, e as bibliotecas especializadas da Petrobrás e das instituições culturais citadas acima. Muitos municípios do interior mantêm pequenas bibliotecas públicas.


Museus


Cidade de muitos museus, destacam-se em Salvador, pelo valor e interesse de seus acervos, os seguintes: o Museu Afro-Brasileiro e o Museu de Arqueologia e Etnologia, ambos na antiga Faculdade de Medicina; o Museu de Arte da Bahia; o Museu de Arte Sacra, no antigo convento das Carmelitas Descalças; o Museu de Arte Sacra Monsenhor Aquino Barbosa, na basílica de N. S. da Conceição da Praia; o Museu Abelardo Rodrigues (Solar do Ferrão), com mostras de arte sacra e popular; o Museu Carlos Costa Pinto, de prataria e mobília; e o Museu do Carmo, a igreja e convento da Ordem Primeira do Carmo. Outro museu de grande interesse no estado é o Vanderlei de Pinho, no Recôncavo.


Acervo arquitetônico


A principal atração de Salvador reside em seu acervo arquitetônico, formado por igrejas, fortes, palácios e solares antigos. Entre as igrejas, que ao todo somam 165, avultam a catedral basílica (1656); a igreja de N. S. da Conceição da Praia (1739-1765); a igreja (1708-1750) e o convento de São Francisco (1587), com sua rica talha dourada e azulejos portugueses; a igreja da Ordem Terceira de São Francisco (1703); e a igreja do Senhor do Bonfim (1745-1754).
Dos inúmeros fortes, os mais importantes, em Salvador, são o forte e o farol de Santo Antônio da Barra (1598), o forte de São Marcelo (século XVII), o forte do Barbalho ou de N. S. do Monte do Carmo (de 1638), e o forte de Monte Serrat, do século XVI. Entre os palácios, cabe citar o paço arquiepiscopal da Sé, o paço do Saldanha e o solar do conde dos Arcos.
Entre outros monumentos, merecem destaque: a casa de Gregório de Matos, a casa onde morreu Castro Alves (Colégio Ipiranga), o Solar do Unhão, o paço municipal, o Solar Marbak, o Solar Berquó, a casa natal de Ana Néri (Cachoeira), a Casa da Torre de Garcia d'Ávila (Mata de São João), a Santa Casa, a casa natal de Teixeira de Freitas (Cachoeira).


Turismo


A cidade de Salvador e a baía de Todos os Santos constituem uma das mais importantes áreas de atração turística do país. Situada numa península entre o mar aberto e a baía, Salvador possui numerosas praias de fama. Do lado do Atlântico, começando com a praia do Porto da Barra, seguem-se as praias do Farol, Ondina, Rio Vermelho, Amaralina, Pituba, Piatã, Chega-Nego, Boca do Rio, Jardim de Alá, Armação e Itapoã. Junto desta fica a lagoa do Abaeté com suas belas dunas, sistematicamente depredadas, apesar de declaradas de utilidade pública pela prefeitura da cidade.
Entre os pontos de interesse figuram ainda a ladeira e largo do Pelourinho (declarado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO), o Mercado Modelo (antiga Alfândega), o porto dos Saveiros, o centro da cidade velha, e escolas de capoeira. Entre os numerosos candomblés, destaca-se o Terreiro da Casa Branca, o mais antigo do país, tombado pelo Patrimônio Histórico em 1984. A ilha de Itaparica, na entrada da baía, oferece também diversos pontos de interesse turístico.
A culinária baiana, com fortes acentos africanos, tornou-se conhecida internacionalmente e seus principais pratos típicos são, entre outros: abará, acarajé, caruru, efó, feijão de leite, moqueca de peixe, sarapatel, vatapá, catadinhos-de-siri, siri-mole, lambreta (molusco).


Eventos


O carnaval é a maior festa popular da capital, atraindo a cada ano grande número de turistas de todo o país e do exterior. Entre as festas mais concorridas, destacam-se as de Santa Bárbara (4 de dezembro), da Conceição da Praia (8 de dezembro), de Santa Luzia (13 de dezembro), dos Santos Reis (5/6 de janeiro), de Iemanjá (2 de fevereiro), do Divino Espírito Santo (segundo domingo após a Assunção), todas em Salvador. E ainda as festas de Nossa Senhora de Santana (18 de janeiro a 3 de fevereiro), em Feira de Santana, e de Nossa Senhora da Vitória (15 de agosto), em Ilhéus.
As principais procissões são de Nosso Senhor do Bom Jesus dos Navegantes (1o de janeiro), do Senhor dos Passos (segunda sexta-feira da Quaresma) e de Nossa Senhora do Monte Serrat (2 de setembro). Outras festividades de destaque são a lavagem do Bonfim (quinta-feira antes do segundo domingo depois da Epifania), o sábado e domingo do Bonfim, a segunda-feira da Ribeira (após o domingo do Bonfim), o bando do Rio Vermelho (dois domingos antes do carnaval) e o Dois de Julho (dia da Independência). As manifestações folclóricas no estado são ricas e variadas, destacando-se o candomblé, a capoeira e os ritmos populares.
No interior do estado registram-se também alguns centros de atração turística, como a cidade histórica de Cachoeira, o parque nacional de Paulo Afonso com a cachoeira e usina hidrelétrica do mesmo nome, a estância hidromineral de Cipó e, no litoral, o parque nacional de Monte Pascoal. Ainda no litoral, merecem destaque as praias de Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Canavieiras e Ilhéus.



Referencia
Bahia Barsa Consultoria Editorial Lt da.

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